sábado, 27 de agosto de 2011

Projeto A Arte de Viver o Samba (sinopse)


Da integração de cinco coletivos que atuam com a cultura popular na cidade de Porto Alegre nasce, em 2011, o projeto a Arte de viver o Samba. Voltado a divulgar a cultura do samba comemorando o Dia Nacional do Samba, que acontece em 02 de dezembro, esse projeto é composto por três atividades desses coletivos: o Dia Nacional do Samba 2011 do Instituto Brasilidades, a oficina Conversa de Tambores da Malta do Bê-a-Bá dos Guris e Gurias de Rua e a festa Kizomba Batuqueir@ da Tv Nagô.
A abertura do projeto acontece no Centro Cultural Usina do Gasômetro, um dos pontos mais tradicionais para se ver o famoso pôr-do-sol da cidade, com a a 3ª edição do Dia Nacional do Samba. Esse dia, agendado para 27 de novembro, contará com a presença dos sambistas Monarco e Guaracy, reconhecidos nomes da Velha Guarda da Portela, que participarão da Roda de Samba do Instituto Brasilidades, precedida por uma feijoada vendida a preço popular.
Do dia 28 de novembro ao dia 02 de dezembro, realizar-se-á a Conversa de Tambores, que nesta edição caracteriza-se em uma oficina de vivência percussiva. Essa oficina desenvolverá atividades experimentais lúdicas de sons e movimentos, pesquisa timbrística e manejo da técnicas de percussão, em trabalho coordenado pelo tamborólogo paraibano Babilak Bah (Gilson César da Silva), com a participação de mestres, griôs e educadores de grupos de cultura afrodescendente do estado do Rio Grande do Sul.
O encerramento do projeto acontece na noite de 02 de dezembro, com a Kizomba Batuqueir@, festa de temática pan-africana animada por repertório musical e videográfico construído através de ampla pesquisa histórica e cultural. Contando também com apresentações de samba de umbigada, a festa oferecerá uma performance artística final chamada Babilak Bah e os Mestres do Sul, produto da troca de conhecimentos da oficina Conversa de Tambores.
Informações Gerais:
- Dia Nacional do Samba (Monarco e Guaraci acompanhados pelo Instituto Brasilidades)
Centro Cultural Usina do Gasômetro
Av. Presidente João Goulart, 551Centro - Porto Alegre - RS
Telefone: (51) 3289-8100
27 de Novembro às 12h
- Conversa de Tambores (Babilak Bah)
28 de Novembro à 02 de Dezembro das 19h às 22h
Nonoai Tênis Clube
Av. Nonoai, 557
Nonoai - Porto Alegre - RS
Telefone: (51) 30728113
- Kizomba Batuqueir@ (Vj Augusto, Samba de Umbigada da Malta e performance artística de Babilak Bah e os Mestres do Sul)
02 de Dezembro 23h
Nonoai Tênis Clube
Av. Nonoai, 557
Nonoai - Porto Alegre - RS
Telefone: (51) 30728113
Contatos:
Augusto Cezar (51) 91593343
Clarisse Abrahão (51) 92190837 e (51) 93644877
Realização:
Malta (Escola Bê a Bá de Angola Malta dos Guris e Gurias de Rua)
Instituto Brasilidades
Tv Nagô (Tv Nagô – Falange de comunicação)
FERES (Fórum de Educação da Restinga e Extremo Sul)
GAAA (Grupo de Ação Afirmativa Afrodescendente)
Apoio:
Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre SMC - PMPA
Gabinete de Inovação e Tecnologia Inovapoa - PMPA

Cine Kafuné


Oh boa noite prá quem é de boa noite...
Oh bom dia prá quem é de bom dia...
O Cine Kafuné, cineclube produto de parceria da Tv Nagô e o FERES, está no projeto da Malta Conversa de Tambores, dirigido pelo Mestre Renato Capoeira. Projetamos vídeos sobre mestres do samba (Batatinha, Adilson Magrinho, Jairo Bráulio, Claudinho do Leão, Mario Carabina, Candeia, Manacéia, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Geraldo Filme, Luiz Carlos da Vila, Monarco, Tia Doca , Tia Surica , Xangô da Mangueira, Zé Keti e outros clipes musicais) um Domingo por mês, a partir do meio dia com almoço por R$ 10,00. É só chegar..!
Local: 
Nonoai Tênis Clube
Av. Nonoai, 557
Nonoai - Porto Alegre - RS
Telefone: (51) 30728113

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Projeto a Arte de Viver o Samba (escolar)

É um projeto inspirado em um evento público que Mestre Renato Capoeira realizou em sua casa, no bairro Restinga, e generosamente cede o nome...
A escrita atual é de Augusto Cézar e Clarisse Abrahão.
Para contratação e parcerias com o projeto 
deixe seu comentário e contato
no final da postagem,
que falaremos com você ou,
ligue para Augusto Cézar (51) 91593343.
Para acessar o projeto na integra toque no pandeiro:
Para este ano nossa capacidade de trabalho está esgotada, deixe seu comentário agora para novas contratações em 2012!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Música Africana


   Outro dia recebi um telefonema da Jerusa, ela me falava que estava escrevendo uma matéria sobre música africana para universidade e que o Dj Fausto (um amigo com quem faço discotecagem nas festas da Kizomba Batuqueir@ e do 3 Mundo Festivo?) havia lhe passado meu telefone, perguntou se eu poderia ajuda-la. Seu pedido me deixou pensativo, pois apesar de ser apaixonado pela cultura africana e afrodescendente espalhada pelo mundo, nunca parei para sistematizar este conhecimento que é empírico para mim. Refleti que o tema música africana (como quase tudo que se refere aos saberes de povos negros) é muito amplo e isto, sem cogitar a música afrodescendente. Vejamos por exemplo o aspecto linguístico, tem países no continente africano que falam mais de cem idiomas, fato que por si indica um número muito grande de etnias somente num mesmo país.
   Se não me falha a memória, desde o Século IX do calendário cristão a diversidade é uma característica marcante na vasta região subsaariana, integrava a estratégia dos povos locais para resistirem ao avanço de povos árabes pelo norte do continente. Formaram-se federações com o comando político exercido por grupos étnicos majoritários e unidade na luta de resistência, mas respeitando-se identidade de cada nação.
   A solicitação da Jerusa me deu um nó! Por onde começar a falar sobre a música de um vasto continente que tem seus filhos espalhados pelo mundo, influenciando todos os aspectos da vida no planeta? Que tem como valor introjetado a valorização da riqueza da diversidade. Pensei: É... infelizmente, no momento, não disponho de tempo para tal empreitada... mal consigo escutar um pouco de afrobeat, kizomba, zouk, soukous e semba, meus ritmos preferidos de africa, fora o samba, o afoxé, o reggae, o funk, o soul, o rap, o maracatu, a ciranda, o forró, o jongo, o congo, o côco, o carimbó, a salsa, a rumba, a cumbia, o charme... Decidi invocar umas Anansis Afrofuturistas e resolver três situações de uma cartada só: Deixar uns links de músicas que estou devendo para o blogger, ajudar a Jerusa e disponibilizar algumas informações para quem desejar. Se quiserem garimpar, píca-le por debajo de:



 

sábado, 7 de agosto de 2010

Kizomba e Afrobeat



   Você já ouviu falar do MPLA de Angola ou do MOP da Nigéria? A maioria das pessoas jamais saberá o significado dessas siglas, mas se a pergunta referir-se à Kizomba ou ao Afrobeat? Bem... as possibilidades de conhecimento serão melhores, pois, é comum que os movimentos musicais tenham maior alcance que os movimentos políticos. Você pode pensar: “Sim! Isso é lógico, a indústria cultural não vai veicular conteúdos rebeldes ou que levem ao questionamento do status vigente, e sim, peças e movimentos artísticos que nasçam ou tornem-se estimulantes de comportamentos ligados ao consumo alienado. Mas o que o MPLA e o MOP tem a ver com Kizomba e Afrobeat”? Bem entre os finais dos anos de 1950 e princípios de 1960 o MPLA agrupa as principais figuras do nacionalismo angolano, estudantes no exterior e lutadores contra o colonialismo, formando o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) de orientação comunista, para lutar contra o colonialismo português e, nos anos de 1980 Abel do Samba pertencente as FAPLA (Forças Armadas Popular de Libertação de Angola), asa armada do MPLA, liderava o grupo musical os Fachos que cria o estilo denominado Kizomba. Já na Nigéria em 1979 Fela Anikulapo Kuti inventor do Afrobeat, estilo musical que mistura o jazz, funk e música tradicional africana criou o partido Movimento Para o Povo - M.O.P (Movement Of the People).
   A Kizomba e o Afrobeat deram bem mais a saber sobre a exploração dos povos africanos pelo dito “1º mundo” que os movimentos políticos aos quais estavam ligados. Agora, você pode questionar: “Mas, a Kizomba que eu conheço é uma dança sensual que pouco fala de política, e o Afrobeat, é um estilo musical muito refinado para conseguir alcançar as massas”. Sim! Esta é a vitória atual da indústria cultural -absorver elementos que lhe interesse de movimentos contestatórios e os resignificar, a seu interesse, como novos itens diluídos nas prateleiras. A seu favor na construção e disseminação de valores e comportamentos favoráveis ao consumo de seus produtos, os empresários da cultura possuem, além das leis, “a deficiência do ensino público” e o monopólio da grande mídia na mão de poucas famílias. Mas nem sempre foi assim, na origem Kizomba e Afrobeat contém potenciais capazes de mobilizar, pela sedução, para busca de melhores condições existenciais para os milhões de seres miseráveis vistos como exóticos...